sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Mantra

”Quando ela some, ele repete o mantra: ela vai resolver... ela vai resolver.” 

O dia amanheceu chuvoso e silencioso (por aqui os dias de sol são naturalmente mais raros), pois só restaram aqueles que manterão as “máquinas” funcionando (os demais migraram) e faço parte desse time (daí o texto de final de ano sair antes da hora). 

Acordei com os primeiros sinais do amanhecer, tomei café e liguei no “Café com Jornal” que, de cara, perguntou: “Tem alguém aí?” Achei isso muito divertido. 

“Sim! Tem alguém aqui!” 

O ano terminou mais cedo: naquele momento onde os ídolos nunca mais seriam vistos como antes; naquele momento onde a fome substituiu o recurso roubado pelo gerentes políticos, incompetentes e corruptos do caos; naquele momento onde a dor “velha conhecida, talvez a única que o leve às lágrimas, e o consome na incerteza da perda tão certamente esperada, mas completamente indesejada” foi tamanha que já não fazia mais diferença, pois a morte era a certeza e única redenção restante; naquele momento onde esperar não fez mais sentido... 

Repleto de bons e únicos momentos, quase abafados por poucos e péssimos momentos, foi um ano de oito ou oitenta. Ano bissexto: quase um “inferno astral” de um ano inteiro... felizmente acaba em pouco mais de um dia. 

Para aqueles que estão aqui e são sobreviventes, que venha 2017; se vai ser melhor realmente eu não sei, mas algo grande irá acontecer... talvez cheguem os Ets... quem sabe a cartinha de Hogwarts... quem sabe o fim do preconceito e da dor... quem sabe a gente pare de fazer tudo errado? 

Feliz Ano Novo!

  


Bom Dia! Eu sou o Narrador.
Num local mais distante...
- Desculpe... tenho que ir...
- Ana... eu...
- Tenho que voltar... fique bem.

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