sábado, 17 de dezembro de 2016

♪ “Só enquanto eu respirar Vou me lembrar de você" ♫

Uma história já contada no “Contos de Fada?”, mas que eu acho muito bonitinha e resolvi repetir por aqui com algum grau de edição ( e muitos links para outros cantos). 

Ana acordara cedo, sentiu frio e jogou uma blusa de moletom (enorme), que o Guri deixara, por cima do pijama curto; não penteou o cabelo, não lavou o rosto, mas pegou um café bem forte na cozinha (Tia Nastácia chegara cedo) e foi até a varanda do quintal para ver como estava o dia. 

Um chuvisco incessante, uma neblina de inverno, lembrou da irmã que gosta dessas coisas. Pensou em mudar tudo, mas também lembrou “daquela menina com uma bela expressão de boca, olhos castanhos brilhantes e tudo formando um conjunto de rosto bem adequado e com suavidade bastante para ser agradável de olhar” que aprecia um dia chuvoso e aí deixou por isso mesmo. 

Quando, então, surgiu um gato com uma mensagem da Lua: 

“- Vão receber cantoria, alguns virão só poesia, 
Outros, nem tanto, só alegria, arrumem os girassóis, 
Comecem dando nós, façam a tal da festa!” 

Nisso o Mago se aproxima: 

- O que ele quer dizer, Mago? 
- Que a Lua virou poetiza e atriz... espere que tem mais, Beatriz! 

“- Preparem arroz com feijão (continuou o gato), 
Pois essa gente terá muita fome, 
Assim como diz aquela canção, 
Tudo de grão em grão, pena que logo some!” 

- Feijão eu garanto, mas vou fazer bolinhos também! - comentou Tia Nastácia 

“- Para Ana o mar manda recado
Já que não esqueceu daquele dia
Onde ela estava a seu lado, 
Apesar de que isso ninguém via.”

- .... – ela enrubesceu. 
- Você cantou na praia e, ele, as estrelinhas te deu. 

“- Para os demais, que venha a sorte, 
Talvez apareça um realejo, ai no seu vilarejo, 
Espantando a tristeza, a dor e os ditos da morte, 
Realizando, de uma vez só, todo seu desejo.” 

- ... – dessa vez foi Melinda que os olhos arregalou. 
- Veja, menina, foi a Lua quem falou! 

“- Pra encerrar essa apresentação, 
Pois é hora de pular fora, 
Deixo, do anjo, outra canção, 
E agora vou-me embora!” 

- E pra quem canta agora, gato?
- Ué? Como você não sabe? Aqui só existe um fato! 

♪“Metade de mim 
Agora é assim 
De um lado a poesia, o verbo, a saudade 
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim 
E o fim é belo incerto... depende de como você vê 
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só”♫ 

O gato abriu uma gargalhada, 
Uma luz o iluminou, de tamanho ele aumentou, 
Ainda deu tempo de dar uma olhada, 
Pois num clown se transformou. 

E ele saiu por ai... 

♪“Só enquanto eu respirar 
Vou me lembrar de você 
Só enquanto eu respirar”♫

   


Bom Dia! Eu sou o Narrador.  

N.N.: As referências musicais são do Teatro Mágico

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