sábado, 19 de dezembro de 2015

Agora, só ano que vem!

Apesar do ano ainda ter mais doze dias, começamos um período anômalo ou atípico que foi chamado de recesso, férias coletivas ou lá o que seja sua denominação. 

No passado, a única diferença que eu observava era no trânsito porque, com as férias escolares, o fluxo de carros de transporte escolar (leia-se: carros particulares levando crianças) diminuía sensivelmente. Com o tempo e a mudança para o sul, notei o desabastecimento, o processo migratório para as praias e tudo aquilo que já descrevi outras vezes à exaustão (veja nos links em azul) e acabei acostumando com a coisa e adaptando minhas atividades à essa situação. Definitivamente não dá para trabalhar da mesma forma e sucumbi à procrastinação compulsória. 

Claro que tal anomalia não se aplica aos serviços ditos essenciais, como bombeiros, polícia, serviços de urgência médica e uma coisa ou outra, mas essencial é algo invisível aos olhos e se o coração pedir alguma coisa nessa época você deixa pra depois? 

Esse ano eu fiz coisas bem legais e não posso reclamar, pessoalmente, de "grandes coisas" (seria muito egoísmo da minha parte). Por outro lado, do ponto de vista da coletividade (coletividade é algo meio "borg", mas 'tá valendo), surgiu uma picuinha entre os nossos representantes no legislativo e no executivo (sim, cara-pálida: nós votamos nesses sujeitos em algum momento das nossas vidas como eleitores) movida a egos inflados somados à má administração pública e à conhecida corrupção baseada na “Lei de Gérson”. Apesar da mídia mostrar mais a esfera federal, encontramos problemas semelhantes nas esferas estadual e municipal também. Para facilitar o entendimento: a coisa virou zona (acho que nem na “zona” a zona é tão zoneada assim, como diria o amigo Klaus). 

Para consertar a confusão toda, contamos com o Poder Judiciário, muito bem representado pelo juiz paranaense que, auxiliado pelo chamado “japonês da Federal”, anda colocando muita gente pra ver o sol nascer quadrado. Ele vai entrar de férias também, mas a coisa não vai parar porque existe um substituto. 

Mais acima, contamos com outros ministros que nessa semana julgaram alguns recursos relacionados à bagunça política que faz com que o país não ande e fique mal falado no exterior. Fizeram parte do trabalho que ficará paralisado até acabar o recesso parlamentar (as “férias coletivas” dos deputados e senadores); a outra parte, já que entraram em recesso também, deixaram para depois. 

Aí fica a pergunta: vai dar tempo de consertar o problema que foi deixado pra depois? Isso não seria uma urgência? Será que não é o tal do “essencial invisível aos olhos”, mas que é o que o coração dos brasileiros gostaria de ver resolvido de uma vez? 

Como sucumbi à procrastinação, como já falei, também vou dar uma paradinha, para encontrar amigos e o Velho Pai. Alguns textos ainda vão aparecer porque isso é uma coisa que dá pra fazer sem problemas. Para ilustrar o que escrevi, deixo a brilhante tirinha do Porco Espírito (clique para ampliar).  

Boa Noite! Eu sou o Narrador.

Um comentário:

  1. esse japones da federal veio da terra do sol nascente e ta botando td mundo pra ver o sol nascer quadrado...

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