sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O Oceano no Fim do Caminho

E era uma vez, mais uma vez... 

Deitado sob o céu estrelado 
Quase sem nuvens, na noite quente de final de inverno, 
Naquele momento onde quase desanoitece, 
Pensando num alto de colina, onde talvez a encontrasse... 

Uma estrela sorridente e brilhante 
Viraria um ser de sonhos... 
Talvez a resposta, talvez a incerteza... 
Talvez somente o anseio do coração... 

Ele só queria estar refletido em seu coração, 
Segurar sua mão na escuridão 
E passear pela colina até o sonho acabar 
Nos primeiros raios do sol da manhã... 

Amanhece... 
Vê a areia, procura lá sua estrela 
Que caíra do céu em sua imaginação, 
Mas nada encontra... E ele seguiu seu caminho, até uma outra história...  

O primeiro contato que tive com a obra de Neil Gaiman foi através do filme "Stardust – O Mistério da Estrela", de 2007, e cheguei a estudar alguma coisa da sua biografia, à época, mas não procurei outros livros para acompanhar. O texto de abertura “Estrela de Areia (Hoshi no Suna)” foi escrito em 04/09/2007 numa referência ao filme; o mais interessante é que foi por conta desse poema que eu conheci Fênix (nem lembrava disso). 

Há dois meses renovei meu estoque de livros e depois do desastre do primeiro desses que eu li (confira aqui), não arrisquei e abri “O Oceano no Fim do Caminho” (Intrínseca, 2013 – Rio de Janeiro; tradução Renata Petengill) uma fábula para adultos sobre lembranças do tempo de criança. 

Falando assim parece um livro chato... lembranças... do que você lembra de seu tempo de criança... daquele tempo que você comia terra? Lembra do amigo imaginário? Lembra dos lugares que viravam qualquer coisa que sua imaginação quisesse? Diz a lenda (ou o livro) que “pessoas diferentes se lembram das coisas de jeitos diferentes, e você nunca vai ver duas pessoas se lembrando de uma coisa da mesma forma, estivessem elas juntas ou não." Será? Experimente falar disso com alguém que brincou com você, caso você tenha coragem para tal aventura, e depois conte o que achou. 

Independente do que achar, o livro vale a pena conferir, dar de presente, fazer o que quiser, viajando no oceano do conhecimento. Um último recado (que também veio do livro): 
" – Ninguém realmente se parece por fora com o que é de fato por dentro. Nem você. Nem eu. As pessoas são muito mais complicadas que isso. É assim com todo mundo."  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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